Novo PREC será tão horrível como receiam os colunistas de direita

Renato Carreira
inÉpcia
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2 min readOct 13, 2015

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Não são exagerados os receios que têm tirado o sono a todos os colunistas e comentadores políticos de direita e também a alguns de esquerda, centro, centro-esquerda ou mesmo lateral-direita: a possível formação de um governo de esquerda lançaria o país num caos pior ainda que o do PREC, acrónimo que, segundo hermeneutas conceituados, poderá significar “Pai, o Rodrigo Escolheu-me para Casar” ou “Porra, Rebocaram-me Esta Carrinha”, e que designa um período da história recente recheado de papões com dentes afiados.

Assim, se António Costa aceitar enfiar-se na cama com Catarina Martins e Jerónimo de Sousa para um saboroso “menajatrruá”, como lhe chamam os polacos, acontecerá uma série de coisas no PREC edição 2015. A saber:

  • Tudo será nacionalizado. Sim. Tudo. Isso também.
  • A reforma agrária tornar-se-á finalmente realidade. Também nas cidades.
  • Todas as contas bancárias com mais de trezentos euros serão esvaziadas em prol do povo.
  • Todas as casas com mais de duas assoalhadas serão ocupadas por cooperativas de trabalhadores e geridas em regime marxista-leninista.
  • Todas as casas com menos de duas assoalhadas serão divididas a meio entre o PCP e o Bloco de Esquerda para instalação de um centro de trabalho e de uma loja de comércio justo.
  • Rui Tavares continuará endividado para pagar a campanha eleitoral do Livre, mas haverá mais gente a torcer o nariz à indesculpável queda para a pequeno-burguesia quando posar nu para revistas como forma de angariar capital.
  • Marinho Pinto será eleito para o soviete supremo e, simultaneamente, escolhido como primeira bailarina da delegação portuguesa do Bolshoi. Logo a seguir, manifestar-se-á “contra dançar em pontas”, mas não se demitirá por ser pobre e precisar do cachê.
  • A economia centrar-se-á no cultivo intensivo de nabiças, no fabrico de relógios de imitação e na exploração mineira da escarreta.
  • O culto da personalidade será omnipresente, com estátuas monumentais do triunvirato de líderes do povo (Costa-Martins-Sousa) decorando todas as esquinas, rotundas e casas de banho públicas.
  • Será preciso passar horas na fila para comprar um pão duro, uma lata de ervilhas ou um frasco de “café” instantâneo feito à base de cocó.
  • Haverá fomes.
  • Todos os colunistas e comentadores atualmente em atividade terão de partilhar o espaço limitado no único jornal autorizado (“O Amanhecer Proletário”) e na única estação de televisão (a TVI… porque em equipa que ganha não se mexe).
  • A troica tentará regressar a Portugal, mas desistirá depois de provar o café.

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